top of page

Nepal.

Artes e Filosofias Nepal 

O pequeno país, pacífico, intimista e cheio de espiritualidade, mais parece um quadro de pintura naif. 

Chegaremos ao Vale de Katmandu, e já desde cima avistaremos pequenos campos de arroz plantados em terraços, o amarelo das flores de mostarda,  o serpentear do rio Bagmati, alguns picos montanhosos e vários templos. Se o ar estiver claro, ainda ao longe a cadeia do Himalaya será como uma echarpe branca de neve e azul da profundidade.
Há mais de 400 templos só na região do Vale... Ainda assim, cada casa nepalesa tem um pequeno templo doméstico com as deidades de devoção da família, onde são feitas oferendas e pujas todos os dias antes do nascer do sol.

Algo muda na percepção de nos mesmos quando nossos deuses interiores são saudados de forma tão reverencial: Namaste! 
Cidades medievais, craqueladas pelo tempo e os terremotos, com templos milenares, deuses irados dos tempos pré budistas, e toda uma cosmologia onde Hinduísmo e Budismo permanecem inseparáveis das lendas locais oriundas da cultura das montanhas e suas inúmeras etnias... Mas os nepaleses se orgulham de serem os únicos no mundo a terem uma Deusa vivente: A Kumari, manifestação temporária de Taleju,

a deusa protetora do Vale.
Os hábitos rurais, a agricultura familiar, o apreço pela vida sossegada e contemplativa fica claro quando visitamos aldeias newaris em Bungamati e Kokhana, que são janelas para o passado.   Mas o  povo é gentil, mesmo na cidade grande revelando todo o encanto do país da lã! 
O acervo de tesouros culturais e históricos do Nepal, nos surpreende: São mais de dez pontos tombados e declarados patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Entre eles, a colina de Swayambunath, que alberga templos hinduístas e o santuário Budhista mais antigo do mundo: A Stupa de Swaymbunath com mais de 2000 anos...  

Bem no centro de Kathmandu a Stupa de Bhoudanath uma das maiores do mundo, em forma de mandala com os olhos do Budha pintados em seu pináculo, olhando às quatro direções. É o cartão postal do Nepal e o centro de peregrinação budista mais importante fora do Tibet. Imagine você lá ao por do sol, fazendo kora, andando em volta ao som de mantras, junto com centenas de peregrinos... Uma experiência emocionante e única!
A arquitetura é admirável, com vários  estilos: Além das Stupas budistas, as pagodas de múltiplos telhados com vigas entalhadas em madeira da cultura newari, com suas deidades e lendas, são a marca da arte local. Destaque para a maior de todas Nyatapola com cinco telhados em Bhaktapur. Os templos em estilo Shikara que reproduzem a forma do monte Kailash onde o deus Shiva meditou, presentes na praça central de Patan.
Veremos no Nepal a arte sagrada das Thangkas, maravilhosas pinturas feitas por monges em estado de meditação, com imagens de deidades e as estatuas de bronze com deuses do hinduísmo e do budismo vajrayana.
As famosas pashminas de lã de satuz, cashemir e seda, são feitas no Nepal. Visitaremos uma oficina muito especial, onde veremos como são tecidas no tear. A arte e entalhes em madeira nas aldeias de Kokhana e as filigranas de Bungamati, as joias de coral e turquesa dos sherpas, os objetos de prata e estatuária em bronze de Patan, e as incríveis cerâmicas dos oleiros da cidade medieval de Bhaktapur. E uma galeria de arte com pinturas de artistas contemporâneos, são exemplos da riqueza cultural deste admirável país... Além de uma culinária deliciosa, tanto nepalesa quanto tibetana!
Este pedacinho do mundo é uma caixa de joias raras, protegidas ao longo do tempo pelas grandes cadeias de montanhas do Himalaya. 

Sejam bem vindos! Namastê!

Susana Uribarri, filosofia e arte, o encontro com você.

  • Facebook - Black Circle
bottom of page